O queijo Diamante é produzido em diversas pequenas comunidades rurais do município de Major Gercino, localizado na região serrana da grande Florianópolis. Essas comunidades, incluindo a comunidade de Diamante onde se encontram a maioria dos produtores, se localizam em média a 700 metros de altitude e foram colonizadas por imigrantes ou descendentes de imigrantes basicamente alemães, mas também italianos, ucranianos, poloneses e luso-brasileiros.
Atualmente, em torno de 25 famílias se dedicam a essa atividade, produzindo de 4 a 25 kg por dia. Esse número, infelizmente, vem diminuindo.
As raças são diversas, mas há uma certa predominância da raça Jersey, em pastagem. A prensagem é feita normalmente em formas de madeira de cedro de formato retangular de tamanhos variados. A cura é feita em temperatura ambiente sobre prateleiras de madeiras nativas.
São queijos de casca amarela devido a lavagem diária, com textura macia e sabor suave. Cura de 15 a 40 dias.
Foto: Clube do Queijo
Como a legislação não protege os queijos tradicionais feitos a partir de leite cru, os produtores são colocados em situação de risco social e profissional por exercer a profissão de queijeiro, e tem sérios problemas para comercializar este produto. Isto está fazendo com que a cada ano existam menos produtores, e o queijo está aos poucos desaparecendo.
O queijo diamante é utilizado por exemplo no recheio do pirogue, uma comida típica polonesa, introduzida pelos migrantes da Polónia que chegaram na região.
Indicação: Remy Narciso Simão, Gustavo Esser Neto, Nério Schlichting e Michelle de Medeiros Carvalho
Pesquisa e texto: Bernardo Simões
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